Depois da castração, arrumamos as malas pra aproveitar o São João na casa dos avós maternos. Infelizmente mantive a inquietação de sempre no porta-malas do carro durante todo o trajeto e, claro, pra não perder o costume, aprontei no enorme quintal jacobinense. Entre os prejuízos, esteve uma luva, um pano, garrafas PET e, o pior de todos, a peça de uma moto que está à venda!
Enquanto eu “bagunçava o coreto”, Sol fazia greve de comida. Foram quase cinco dias fora de casa, beliscando apenas pedaços de carne. Ração e arroz com verduras eram rejeitados a todo o instante. A pequena fazia a maior cara feia, cheirava e virava as costas. Mesmo sob o efeito de estimulante de apetite, a irmãzinha não reagia. Apesar de brincar um pouco comigo, permanecia a maior parte do tempo cabisbaixa, deitada na casinha ou no tapetinho próximo da cozinha. Graças a São Roque, o protetor dos animais, quando retornou ao lar, tudo voltou ao normal, pra alívio de nossos pais. Talvez as fêmeas sejam mesmo mais temperamentais... o fato é que, em outro território, Sol declara guerra aos alimentos, um mistério para os tutores humanos desvendarem.
O frio aqui em Lençóis está ainda pior do que na Chapada Norte, por isso estamos dormindo na sala e, por incrível que pareça, agora quem está aprontando é Sol, retirando tapetes e enfeites do lugar e insistindo em me acordar em meio à melhor soneca do mundo: de barriga pra cima sobre o sofá quentinho e aconchegante. Nossos pais dizem que pareço um morcego ou que deveria ser um cão de circo por causa das loucas cambalhotas que “audoro” dar, rs. Brincadeiras à parte, em uma dessas madrugadas foi preciso mãe Véu levantar pra resolver o conflito, colocando a pequena de molho na casinha. Assim ela vai se desapegando um pouco de mim. Acreditam que, até hoje, ela faz escândalo quando vou passear? A irmandade está cada vez mais forte em nossa matilha, au, au!
Enquanto eu “bagunçava o coreto”, Sol fazia greve de comida. Foram quase cinco dias fora de casa, beliscando apenas pedaços de carne. Ração e arroz com verduras eram rejeitados a todo o instante. A pequena fazia a maior cara feia, cheirava e virava as costas. Mesmo sob o efeito de estimulante de apetite, a irmãzinha não reagia. Apesar de brincar um pouco comigo, permanecia a maior parte do tempo cabisbaixa, deitada na casinha ou no tapetinho próximo da cozinha. Graças a São Roque, o protetor dos animais, quando retornou ao lar, tudo voltou ao normal, pra alívio de nossos pais. Talvez as fêmeas sejam mesmo mais temperamentais... o fato é que, em outro território, Sol declara guerra aos alimentos, um mistério para os tutores humanos desvendarem.
O frio aqui em Lençóis está ainda pior do que na Chapada Norte, por isso estamos dormindo na sala e, por incrível que pareça, agora quem está aprontando é Sol, retirando tapetes e enfeites do lugar e insistindo em me acordar em meio à melhor soneca do mundo: de barriga pra cima sobre o sofá quentinho e aconchegante. Nossos pais dizem que pareço um morcego ou que deveria ser um cão de circo por causa das loucas cambalhotas que “audoro” dar, rs. Brincadeiras à parte, em uma dessas madrugadas foi preciso mãe Véu levantar pra resolver o conflito, colocando a pequena de molho na casinha. Assim ela vai se desapegando um pouco de mim. Acreditam que, até hoje, ela faz escândalo quando vou passear? A irmandade está cada vez mais forte em nossa matilha, au, au!